A erisipela é uma condição dermatológica bastante comum. Ela se caracteriza por uma infecção bacteriana aguda que afeta a camada superficial da nossa pele.
É causada principalmente pela bactéria estreptococo beta-hemolítico do grupo A. A erisipela pode apresentar sintomas como inflamação, vermelhidão, dor e febre em alguns casos.
No entanto, apesar da sua prevalência, existem muitos mitos e equívocos em torno dessa condição que podem levar a mal-entendidos sobre a sua real natureza, opções de tratamento e formas de prevenção.
Por isso, conhecer e se inteirar sobre os mitos mais comuns e as verdades relacionadas à erisipela é importante tanto para quem sofre com a condição, como para quem convive com pessoas que lidam com ela.
Portanto, vamos falar dos principais mitos e verdades sobre erisipela para te ajudar a ter uma visão mais clara e real sobre essa condição. Confira!
Mitos e verdades sobre a Erisipela
Trata-se de uma infecção superficial da pele
Mito. Começando por uma das concepções mais equivocadas sobre erisipela, apesar de essa condição ser vista apenas como uma infecção superficial, na verdade, ela pode envolver camadas muito profundas da pele.
Além disso, pode também acabar se espalhando para tecidos ao redor, levando a complicações se não receber o tratamento certo.
A erisipela é uma infecção que afeta a derme superficial e a camada mais externa da epiderme. Contudo, ela pode progredir para camadas mais profundas da pele e para o tecido celular subcutâneo.
Portanto, se ela não receber o tratamento prontamente, a infecção pode se espalhar para os vasos linfáticos e sanguíneos, aumentando o risco de complicações como sepse e até mesmo casos de amputação.
Além disso, a erisipela pode causar sintomas sistêmicos que vão além das manifestações cutâneas, como febre, calafrios, mal-estar e dor localizada.
Esses sintomas indicam que a infecção está afetando o organismo como um todo, não apenas a superfície da pele.
Portanto, é fundamental ter em mente que a erisipela é mais do que uma simples infecção superficial da pele.
Afinal, ela tem o potencial de se tornar uma condição séria, necessitando de tratamentos adequados para prevenir complicações graves com eficiência.
A Erisipela é uma condição contagiosa
Mito. Apesar da erisipela ser causada por uma infecção bacteriana na pele, é mito que ela é uma condição contagiosa.
Ao contrário de doenças transmissíveis, como resfriados ou gripes, a transmissão da erisipela não ocorre através do contato direto com uma pessoa infectada.
Na verdade, a transmissão acontece de uma maneira diferente. Não é a presença da bactéria causadora da infecção em si que é contagiosa, mas sim a condição da pele que facilita a entrada dessas bactérias.
Assim, a erisipela é associada a uma “porta de entrada” que pode incluir a presença de lesões na pele, como úlceras venosas crônicas, frieiras, picadas de insetos ou ferimentos, por exemplo.
Essas áreas sensibilizadas da pele são as responsáveis por permitir que as bactérias entrem e acabem causando a infecção.
É possível prevenir essa infecção com medidas de higiene e de cuidados com a pele
Verdade. Sim, é possível prevenir a erisipela através da adoção de medidas corretas e eficazes de higiene e de cuidados com a pele.
Algumas das principais medidas preventivas para evitar quadros de erisipela incluem, por exemplo:
- Higiene adequada da pele: manter a pele sempre limpa e seca é necessário para prevenir a erisipela. Isso inclui lavar as mãos e áreas propensas a lesões com frequência e manter a pele sempre bem seca.
- Proteção contra lesões na pele: evitar lesões na pele é algo essencial na prevenção da erisipela. Usar sapatos adequados e proteção durante atividades que possuem algum risco de lesões, como esportes, pode reduzir o risco de erisipela.
- Cuidado com os pés: manter os seus pés saudáveis e bem cuidados é importante para prevenir a erisipela, principalmente em pessoas que já possuem uma predisposição a inchaço nas pernas.
Isso inclui manter os pés limpos e secos, usar sapatos confortáveis e respiráveis, além de manter as unhas cortadas e evitar mexer nas cutículas, para prevenir lesões na pele ao redor das unhas.
Essas medidas simples de higiene e cuidados com a pele podem reduzir bastante o risco de desenvolver erisipela. Portanto, incorporar essas práticas preventivas na rotina diária é essencial para evitar quadros de infecção como esse.
A erisipela não tem uma cura definitiva
Mito. É um equívoco acreditar que a erisipela não tem uma cura definitiva. É possível tratar essa infecção com sucesso. Contudo, é crucial adotar o tratamento certo a tempo.
O tratamento da erisipela costuma envolver o uso de antibióticos que possam eliminar a infecção bacteriana. Dependendo da gravidade da infecção, também pode ser uma recomendação administrar os antibióticos por via oral ou intravenosa.
Contudo, é essencial seguir rigorosamente o tratamento prescrito pelo médico e completar todo o curso de tratamento, mesmo que os sintomas comecem a melhorar antes do término dos medicamentos que o médico prescreveu.
Então, ao tratar a infecção precocemente, as chances de cura são bem altas e os sintomas costumam melhorar gradualmente conforme o tratamento avança.
No entanto, em alguns casos, principalmente quando o tratamento não começa imediatamente ou quando ocorrem condições que comprometam o sistema imunológico, a erisipela pode recorrer, ser mais difícil de tratar e até mesmo se tornar crônica.
Portanto, é indispensável que os pacientes busquem orientação médica rapidamente caso observem qualquer sinal de erisipela para iniciar o tratamento o quanto antes e aumentar as chances de sucesso.
Dr. Filipe Farage, com seu conhecimento especializado em doenças de pele difíceis, é capaz de orientar os seus pacientes sobre as melhores práticas de cuidados com a pele e fornecer tratamentos eficazes para garantir uma recuperação completa da erisipela.
Portanto, se você precisa de ajuda e deseja evitar que essa condição acabe se agravando, entre em contato e faça o seu agendamento!