Queloide e cicatriz hipertrófica são dois termos bastante comuns no campo da dermatologia, que estão associados a formas anômalas de cicatrização da pele e podem impactar na aparência estética das cicatrizes.
Mas quais são as diferenças entre um queloide e uma cicatriz hipertrófica? É possível realizar o tratamento desses tipos de cicatrizes?
Essas são algumas das perguntas mais comuns relacionadas ao tema. Por isso, vamos entender melhor o que são queloides e cicatrizes hipertróficas, as principais diferenças entre cada uma delas e as opções de tratamento disponíveis. Acompanhe!
Queloide e cicatriz hipertrófica
Primeiramente, precisamos entender o que é um queloide e o que é uma cicatriz hipertrófica.
Os queloides são formas de cicatrização da pele que surgem quando o processo de cicatrização é excessivo. Isso resulta em uma proliferação descontrolada do tecido cicatricial para além dos limites da lesão original.
Como consequência, isso leva à formação de uma cicatriz de aspecto mais elevado, grossa e com uma aparência nodular em alguns casos.
Os queloides tendem a crescer progressivamente ao longo do tempo e podem ser bem dolorosos, causando desconforto tanto físico como emocional para os pacientes.
Já as cicatrizes hipertróficas também representam uma forma anormal de cicatrização da pele por conta de um crescimento excessivo do tecido cicatricial. Mas, ao contrário dos queloides, elas permanecem dentro da área da lesão original.
Isso significa que as cicatrizes hipertróficas não se estendem para além das margens da ferida inicial. Contudo, elas possuem uma aparência mais elevada e espessa, deixando a marca da cicatriz mais visível.
Então, apesar de tanto os queloides quanto as cicatrizes hipertróficas serem um resultado de uma resposta exagerada do corpo ao longo do processo de cicatrização, as diferenças relacionadas à sua aparência são bastante importantes para realizar o diagnóstico correto.
Afinal, só a partir disso, é possível iniciar o tratamento certo.
Queloide e cicatriz hipertrófica: quais são as principais diferenças?
Como vimos, o queloide e a cicatriz hipertrófica acabam acontecendo por conta do mesmo motivo: a proliferação descontrolada do tecido cicatricial. Porém, há diferenças importantes entre essas duas condições:
- Extensão da cicatriz
Os queloides são capazes de se estender para além dos limites da lesão original, se proliferando de forma exagerada e invadindo o tecido ao redor da lesão. Isso resulta em cicatrizes notavelmente maiores do que a área original.
Ao contrário dos queloides, as cicatrizes hipertróficas permanecem restritas à área da lesão inicial.
- Padrão de crescimento
Os queloides possuem um padrão de crescimento progressivo e contínuo ao longo do tempo. Isso quer dizer que eles tendem a aumentar de tamanho e de espessura conforme envelhecem.
Por outro lado, as cicatrizes hipertróficas costumam ter um padrão de crescimento mais limitado e estável que os queloides.
- Resposta aos tratamentos
Os queloides são conhecidos por serem mais desafiadores de tratar e por possuírem uma maior propensão a recorrências após o tratamento, enquanto as cicatrizes hipertróficas respondem melhor ao tratamento.
É possível tratar queloide e cicatriz hipertrófica?
Felizmente, existem algumas opções de tratamentos que podem ser eficazes para tratar queloide e cicatriz hipertrófica.
No entanto, é essencial ter em mente que o sucesso do tratamento pode variar de um caso para outro. Assim como resposta do paciente.
De modo geral, algumas das opções de tratamento que mais comuns para quadros de queloide ou cicatriz hipertrófica influem:
Uso de corticosteróides intralesionais
A injeção de corticosteróides diretamente na cicatriz é uma abordagem bastante comum para reduzir a inflamação e a espessura tanto de queloides quanto de cicatrizes hipertróficas.
Afinal, os corticosteróides podem ajudar a amaciar a cicatriz. Isso reduzi o seu tamanho e contribui para aliviar os sintomas de coceira e de dor.
Terapia a laser
Diferentes tipos de laser podem ajudar no tratamento de cicatrizes hipertróficas e queloides.
Neste contexto, a terapia a laser é uma ótima aliada para reduzir a vermelhidão, a espessura e a aparência elevada da cicatriz, estimulando a produção de colágeno na pele.
Cirurgia
A remoção cirúrgica das cicatrizes também pode ser uma opção para alguns pacientes, mas principalmente para quem sofre com queloides muito grandes ou persistentes.
No entanto, a cirurgia isolada pode aumentar o risco de recorrência. Por isso, ela costuma ser combinada com outras modalidades de tratamento, como o uso de corticosteróides intralesionais ou sessões de terapia a laser.
Gel de silicone
O uso de gel de silicone ou folhas de silicone sobre a cicatriz pode amaciar e clarear a aparência ao longo do tempo.
Trata-se de uma opção de tratamento não invasiva que pode ser usada sozinha ou combinada com outros tratamentos.
De todo modo, é indispensável discutir as opções de tratamento com um dermatologista qualificado, com a expertise necessária para avaliar o seu tipo de cicatriz e recomendar o plano de tratamento ideal para o seu caso.
Em algumas situações, pode ser necessário tentar várias abordagens de tratamento para alcançar resultados satisfatórios.
Portanto, ter acompanhamento médico personalizado é essencial para evitar complicações ou até mesmo pioras no quadro.
Se você tem alguma cicatriz que te incomoda e gostaria de entender se é possível tratá-la, o Dr. Filipe Farage, dermatologista especializado em condições de pele complexas, pode te ajudar!