Os queloides, ao contrário de uma cicatriz comum que costuma ser discreta e plana, crescem para além dos limites da ferida original, causando alterações na aparência da pele e podem causar bastante desconforto estético para os pacientes.
O processo de formação de um queloide acontece por conta de uma resposta inflamatória exagerada do organismo à lesão. Isso resulta em uma produção excessiva de colágeno durante a cicatrização.
Dessa forma, leva ao surgimento de uma cicatriz mais elevada, de cor avermelhada ou mais escura que a pele. Em alguns casos, o queloide pode se tornar sensível, causando dor e coceira.
Mas o que leva ao surgimento dos queloides? Quais são os fatores de risco? É possível prevenir?
Nesse conteúdo, vamos conhecer alguns detalhes e informações bem importantes sobre os queloides e oferecer dicas práticas para evitá-los após uma ferida ou uma cicatriz. Continue acompanhando!
O que são queloides?
Os queloides são uma possível consequência do processo de cicatrização da nossa pele.
Diferentemente das cicatrizes convencionais que costumam se formar dentro dos limites da lesão original, os queloides são conhecidos por criar elevações mais firmes e irregulares na pele, que podem se estender para além dos limites da lesão.
Basicamente, os queloides são formações excessivas de tecido cicatricial, que se caracterizam por terem uma aparência mais elevada, muitas vezes de uma cor mais escura do que a pele do paciente.
Além disso, também podem causar sintomas como coceira, dor e sensibilidade.
Enquanto cicatrizes comuns são uma parte natural do processo de cicatrização, os queloides representam uma resposta anormal do corpo à cicatrização. Eles resultam em uma produção excessiva de colágeno durante a fase de reparação da pele.
É exatamente isso que leva ao crescimento descontrolado do tecido cicatricial para além dos limites da ferida original, formando um queloide.
Então, mesmo que os queloides não representam nenhum tipo de ameaça para a nossa saúde, eles podem ter um impacto emocional por conta da sua aparência estética e dos sintomas desconfortáveis que podem causar.
Quais são os fatores de risco e as principais causas dos queloides?
Enquanto algumas pessoas parecem ser geneticamente predispostas a desenvolver queloides, alguns outros fatores ambientais e comportamentais também acabam tendo um papel importante ao longo desse processo.
Dentre os fatores de risco mais comuns está a predisposição genética, em que indivíduos com histórico familiar ou médico de queloides têm uma maior probabilidade de desenvolvê-los ao longo de um processo de cicatrização.
Além disso, a pigmentação da pele também parece influenciar, sendo mais comum em pessoas com tons de pele mais escuros.
Traumas que acabam ocorrendo na mesma área da ferida, como múltiplas incisões cirúrgicas ou repetidas lesões na pele, também podem aumentar o risco de formação de queloides.
Além disso, alguns outros fatores, incluindo a idade e certas condições médicas, influenciam diretamente nas chances mais elevadas de desenvolvimento de um queloide.
É possível evitar o aparecimento de queloides?
Não podemos dizer que existe uma maneira infalível de prevenir completamente o aparecimento de queloides durante um processo de cicatrização. Contudo, existem algumas medidas que podem ajudar a reduzir o risco da sua formação.
Basicamente, essas medidas devem ser com base em uma abordagem preventiva proativa. Aliás, isso é ainda mais importante para indivíduos que possuem qualquer tipo de fator de risco ou que tenham um histórico prévio de queloides.
Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar a minimizar o risco e prevenir o aparecimento:
Tratamento adequado de feridas
Uma cicatrização adequada de feridas é essencial para evitar o desenvolvimento de queloides.
Isso inclui manter a área da ferida limpa, protegida e adequadamente tratada para promover uma cicatrização saudável.
Evitar lesões repetidas
Evitar ao máximo a ocorrência de lesões repetidas na mesma área da pele pode ajudar a reduzir o risco de formação de queloides.
Isso inclui evitar piercings na região, fazer tatuagens ou qualquer outro tipo de procedimento que possa acabar causando trauma para a pele repetidamente.
Adoção dos cuidados pós-cirúrgicos adequados
Após realizar procedimentos cirúrgicos, seguir as instruções do médico para com os cuidados pós-operatórios é essencial para minimizar o risco de desenvolver queloides.
Isso porque o tratamento após uma operação costuma incluir o uso de curativos especiais, cremes cicatrizantes ou tratamentos a laser que ajudam a promover a cicatrização correta da pele.
Realizar tratamentos preventivos
Em alguns casos, realizar tratamentos preventivos, como compressão da área da cicatriz ou aplicação de géis de silicone, também pode ajudar a reduzir o risco de formação de queloides após a realização de procedimentos cirúrgicos ou de lesões na pele.
Contudo, é essencial verificar com um profissional quais produtos são adequados para o seu caso.
Então, apesar de essas medidas não conseguirem garantir 100% a formação de queloides, elas são capazes de contribuir para reduzir o risco de formação de queloides.
Caso você esteja preocupado com o possível aparecimento de queloides ou se já conta com essas cicatrizes e deseja encontrar um tratamento para minimizá-las, é recomendado buscar a ajuda de um médico dermatologista especializado, como o Dr. Filipe Farage.
Afinal, ele poderá oferecer orientações personalizadas e opções de tratamento adequadas para o seu caso em específico.